The objective of the text is to propose an interpretation of Hume's works that allows another way of refusing contractualism, different from the "official" refusal, and which is based (the new one) on the concept of artifice, which is extremely different from the artifice created by the contractualists, whose opposition the tradition of commentators of Humean political philosophy, generally, do not refer to, when it is the case of refusing contractualism.

O objetivo do presente artigo é discutir os vínculos existentes entre a teoria humeana e o Utilitarismo. Nesse contexto, mencionando a divergência existente entre os comentadores de Hume a respeito de seu lugar diante do Utilitarismo, conclui-se que, embora o caráter descritivo de fato predomine na teoria humeana, ela não é inteiramente desprovida de pretensão prescritiva. Será ainda necessário discutir em que consiste essa pretensão, isto é, o que ela busca prescrever.

This paper puts forward an interpretation of Hume's work which suggests a new means of refuting contractualism. This interpretation differs from the 'official' refutation, in that it is based on a concept of artifice which is significantly different from the concept of artifice propounded by the contractualists. This difference is not generally noticed in traditional commentary on Humean political philosophy when it deals with the refutation of contractualism.

Trata-se de uma tradução do texto Künstler und Psychoanalyse de Hermann Hesse, incluso no Almanach der Psychoanalyse, que foi publicado pela Internationaler Psychoanalytischer Verlag de Wien em 1926.

Dos textos originais, que possibilitaram as traduções que se seguem, o primeiro compõe o volume 3, número 2, da revista Archiv Für Rechts- Und Wirtschaftsphilosophie, abreviada por ARWP6, publicado em dezembro de 1909. O segundo, por sua vez, é fruto de uma conferência de abertura ministrada por Fritz Berolzheimer na ocasião do III Kongress der Internationalen Vereinigung für Rechts- und Wirtschaftsphilosophie, realizado entre os dias 02 e 05 de junho de 1914 na Akademie für Sozial- und Handelswissenschaften em Frankfurt am (...) Main. A abertura do congresso realizada por Berolzheimer, assim como outras conferências proferidas ao longo do mesmo, foi publicada em Stuttgart pela Franz Steiner Verlag no mês seguinte à realização do congresso, isto é, em julho de 1914 no volume 7, número 4, da ARWP. (shrink)

O presente artigo pretende discorrer sobre o conceito de natureza possibilitado pela ontologia de Heidegger, que busca no pensamento grego seu sentido mais originário, e a crítica do filósofo ao conceito proporcionado pela metafísica clássica que teria provocado distopias na relação entre o homem e a natureza ao objetivá-la. Tal relação de domínio, além de evidenciar a necessidade de uma reflexão sobre o antropocentrismo, também e, por consequência disso, desvela-se através da crise ambiental vivida hoje por nós. Dessa forma, Heidegger (...) encontra tal sentido originário na palavra physis, o qual discuto nas páginas seguintes suas nuances a partir do que foi levantado pela obra do filósofo. Busca-se assim encontrar um sentido autêntico de natureza, antes do que foi assimilado pela tradição metafísica e desencoberto pelo ser humano como uma reserva ao seu dispor. (shrink)

Starting from the analysis of a phenomenological reading of the parable of the Good Samaritan and arriving at the idea of the World Person in Chiara Lubich, this article will discuss two topics: union in difference and the model of the neighbor in the Gospel. For Christians this is the confirmation that the meeting with the stranger is possible. Christ founded a community that co-exists with the stranger. It is within this path that the intuition the figure of the World (...) Person in Chiara Lubich arises. In the tension between interpretation and Truth, Lubich puts the question: was there anyone that went through the trial of doubt about the Truth, but has been able to create a new world? She says that was Jesus Forsaken, who opens up the possibility of differentiation without exclusion. (shrink)

Examinaremos como surge, na Kritik der Urteilskraft, a discussão acerca do belo como símbolo do bem moral, a saber: na Dialética da faculdade de julgar estética, na segunda divisão da Crítica da faculdade de julgar estética. Traçaremos paralelo entre a antinomia do gosto e sua resolução com a antinomia da razão prática, tal como apresentada na Kritik der praktischen Vernunft. Pretendemos mostrar como ambas fazem recurso à distinção entre fenômenos e coisas em si como fonte de sua resolução. Discutiremos, em (...) seguida, como Kant apresenta a necessidade de sensibilização de ideias estéticas, e como o simbolismo permite tal feito. Além disso, vincularemos tais passos da argumentação de Kant à defesa do idealismo da finalidade. (shrink)

A Crítica da faculdade de julgar foi recebida com entusiasmo pelos filósofos do idealismo alemão. No caso de Friedrich Schelling, as duas partes da obra foram influentes, de modo que não só a estética kantiana, mas também a teleologia foi marcante em sua trajetória filosófica. Observaremos como o filósofo de Leonberg acolhe, na Introdução às Ideias para uma filosofia da natureza, a noção kantiana de organismo como dotado de autocausalidade, mas pensa-a nos quadros de uma filosofia pós-kantiana, buscando prescindir das (...) noções de juízo reflexionante e também da ideia de “natureza como arte” para se pensar o organismo. Como Schelling vincula essa noção com a proposta de se pensar a unidade entre natureza e espírito a partir do próprio sujeito, e não de algo exterior a ele? Como Kant reagiria a tal proposta? The Critique of Judgment was enthusiastically received by the German Idealists. In the case of Friedrich Schelling, both divisions of the work were influent, thus resulting that not only Kantian aesthetics, but also the teleology was a landmark in his philosophical itinerary. We attempt to observe how the philosopher of Leonberg receives, in the Introduction to the Ideas for a Philosophy of Nature, the Kantian conception of organism as endowed with self-causality, but at the same time thinks it within the frame of a post-Kantian philosophy, leaving aside the reflective judgment and also the idea of nature as a product of art in order to think the organism. How does Schelling connect this notion with the proposal to think the unity between nature and spirit based on the own subject, and not on something external to it? How would Kant react to such a proposal? (shrink)

A finalidade explícita na arquitetura e ênfase na utilidade, no aspecto de uma aplicação prática, intrigou filósofos alemães como Immanuel Kant e August Schlegel. O entrelaçamento entre beleza e finalidade na arquitetura fora notado cedo por Marco Vitrúvio Polião, que aponta utilidade, solidez e beleza como características fundamentais da obra arquitetônica. Segundo Guyer, a partir de Kant, o pensamento filosófico sobre a arquitetura começa a apresentar um distanciamento em relação a Vitrúvio, de modo que, mesmo sem total renúncia à tríade (...) vitruviana no pensamento de Kant, este defende ser a característica principal da arquitetura representar ideias estéticas. A tese de Guyer aponta o desenvolvimento desse ponto de Kant em Schelling, Hegel e Schopenhauer, todavia com uma lacuna: August Schlegel, fundador do primeiro sistema de belas artes com sua Kunstlehre. Buscaremos aprofundar como a tese de Guyer não só é válida, mas ganha mais solidez no caso de August Schlegel e do papel que este confere à imaginação na arquitetura. Após a indicação de elementos vitruvianos e pós-vitruvianos em Kant e Schlegel, indicaremos as divergências entre ambos na apreciação da arquitetura, a partir de suas articulações entre arquitetura e finalidade. (shrink)

Maria Isabel Mendes de Almeida mergulhou na tarefa pesada de trabalhar a questão da subjetividade humana, elaborada de maneiras distintas por autores como Rousseau, Tocqueville, Simmel, Weber, Sérgio Buarque de Hollanda, Paulo Prado, Gilberto Freyre e Ant.

A Crítica de Hume ao Argumento do Desígnio José Oscar de Almeida Marques Dep. de Filosofia – UNICAMP -/- RESUMO: É comum considerar que o chamado “argumento do desígnio” (o argumento a posteriori para provar a existência de Deus a partir da ordem e funcionalidade do mundo) teria sido refutado ou seriamente abalado por Hume. Mas a natureza e o alcance dessa alegada refutação são problemáticos, pois Hume muitas vezes expressou suas críticas através de seus personagens e evitou assumi-las (...) diretamente enquanto autor. Em vez de supor que Hume procedeu dessa forma apenas para disfarçar suas verdadeiras convicções e evitar um conflito com as autoridades eclesiásticas, proponho que sua posição nesse assunto não é tão categórica como às vezes se supõe, e que os famosos argumentos de Filo nos Diálogos mostram apenas que é possível que a ordem e funcionalidade do mundo tenham surgido sem a intervenção de um desígnio consciente, mas não podem por si sós dar a essa hipótese o mínimo grau de plausibilidade necessário para torná-la digna de uma séria consideração. De fato, antes da revolução explicativa operada por Darwin um século depois, ninguém estava realmente em condições de vislumbrar uma alternativa plausível à atuação de algum tipo de inteligência na geração da ordem e funcionalidade do mundo. ------------ Some Remarks on Hume’s Critique of the Argument from Design José Oscar of Almeida Marques Dep. of Philosophy - UNICAMP -/- ABSTRACT: The so-called “argument from design” (the a posteriori argument to prove the existence of God from the order and functionality of the world) is commonly considered to have been refuted or seriously impaired by Hume. But the nature and scope of this alleged refutation is problematic because Hume often expressed his critics through other characters’ mouth and avoided to assume them directly as author. Contrarily to the supposition that Hume proceeded in this way only to disguise his true convictions and to avoid a confrontation with the ecclesiastical authorities, I propose that his stance on the matter is not, in fact, as clear-cut as it is sometimes supposed, and that Philo’s famous arguments in the Dialogues show only that it is possible for the order and functionality of the world to have arisen without the intervention of an intelligent design, but cannot by themselves lend to this hypothesis the least degree of plausibility needed to make it worthy of serious consideration. In fact, before the explanatory revolution inaugurated by Darwin a century later, nobody was in position to envisage a plausible alternative to the operation of some sort or other of intelligence in the generation of the order and functionality of the world. (shrink)

This article develops a conceptual framework for regulating Artificial Intelligence (AI) that encompasses all stages of modern public policy-making, from the basics to a sustainable governance. Based on a vast systematic review of the literature on Artificial Intelligence Regulation (AIR) published between 2010 and 2020, a dispersed body of knowledge loosely centred around the “framework” concept was organised, described, and pictured for better understanding. The resulting integrative framework encapsulates 21 prior depictions of the policy-making process, aiming to achieve gold-standard societal (...) values, such as fairness, freedom and long-term sustainability. This challenge of integrating the AIR literature was matched by the identification of a structural common ground among different approaches. The AIR framework results from an effort to identify and later analytically deduce synthetic, and generic tool for a country-specific, stakeholder-aware analysis of AIR matters. Theories and principles as diverse as Agile and Ethics were combined in the “AIR framework”, which provides a conceptual lens for societies to think collectively and make informed policy decisions related to what, when, and how the uses and applications of AI should be regulated. Moreover, the AIR framework serves as a theoretically sound starting point for endeavours related to AI regulation, from legislation to research and development. As we know, the (potential) impacts of AI on society are immense, and therefore the discourses, social negotiations, and applications of this technology should be guided by common grounds based on contemporary governance techniques, and social values legitimated via dialogue and scientific research. (shrink)

On the basis of arguments showing that none of the most influential analyses of Moore’s paradox yields a successful resolution of the problem, a new analysis of it is offered. It is argued that, in attempting to render verdicts of either inconsistency or self-contradiction or self-refutation, those analyses have all failed to satisfactorily explain why a Moore-paradoxical proposition is such that it cannot be rationally believed. According to the proposed solution put forward here, a Moore-paradoxical proposition is one for which (...) the believer can have no non-overridden evidence. The arguments for this claim make use of some of Peter Klein’s views on epistemic defeasibility. It is further suggested that this proposal may have important meta-epistemological implications. (shrink)

For some of us, the defeasibility theory of knowledge remains the most plausible approach to the Gettier Problem. Epistemological fashion and faded memories notwithstanding, persuasive objections to the theory are very hard to find. The most impressive of those objections to the theory that have hitherto gone unanswered are examined and rejected here. These are objections put forward by Richard Feldman, Richard Foley, and John Turri. While these are all interesting, the objection recently put forward by Turri is, we think, (...) by far, the most serious threat to the theory that we have seen in a long time. A successful reply to it requires a surprising amount of care, as it turns out. If tenable, Turri's objection deals a devastating blow to the theory developed by Roderick Chisholm, Keith Lehrer, Peter Klein, Marshall Swain, Risto Hilpinen, John Pollock, and Paul Moser, among others. Under scrutiny, however, the threat proves illusory. It results from inattention to a crucial, but relatively subtle, aspect of.. (shrink)

On the basis of arguments showing that none of the most influential analyses of Moore's paradox yields a successful resolution of the problem, a new analysis of it is offered. It is argued that, in attempting to render verdicts of either inconsistency or self‐contradiction or self‐refutation, those analyses have all failed to satisfactorily explain why a Moore‐paradoxical proposition is such that it cannot be rationally believed. According to the proposed solution put forward here, a Moore‐paradoxical proposition is one for which (...) the believer can have no non‐overridden evidence. the arguments for this claim make use of some of Peter Klein's views on epistemic defeasibility. It is further suggested that this proposal may have important meta‐epistemological implications. (shrink)

On the basis of arguments showing that none of the most influential analyses of Moore's paradox yields a successful resolution of the problem, a new analysis of it is offered. It is argued that, in attempting to render verdicts of either inconsistency or self‐contradiction or self‐refutation, those analyses have all failed to satisfactorily explain why a Moore‐paradoxical proposition is such that it cannot be rationally believed. According to the proposed solution put forward here, a Moore‐paradoxical proposition is one for which (...) the believer can have no non‐overridden evidence. the arguments for this claim make use of some of Peter Klein's views on epistemic defeasibility. It is further suggested that this proposal may have important meta‐epistemological implications. (shrink)

Those of us who have followed Fred Dretske’s lead with regard to epistemic closure and its impact on skepticism have been half-wrong for the last four decades. But those who have opposed our Dretskean stance, contextualists in particular, have been just wrong. We have been half-right. Dretske rightly claimed that epistemic status is not closed under logical implication. Unlike the Dretskean cases, the new counterexamples to closure offered here render every form of contextualist pro-closure maneuvering useless. But there is a (...) way of going wrong under Dretske’s lead. As the paper argues, Cartesian skepticism thrives on closure failure in a way that is yet to be acknowledged in the literature. The skeptic can make do with principles which are weaker than the familiar closure principles. But I will further claim that this is only a momentary reprieve for the skeptic. As it turns out, one of the weaker principles on which a skeptical modus tollens must rest can be shown false. (shrink)

Half a century later, a Dretskean stance on epistemic closure remains a minority view. Why? Mainly because critics have successfully poked holes in the epistemologies on which closure fails. However, none of the familiar pro-closure moves works against the counterexamples on display here. It is argued that these counterexamples pose the following dilemma: either accept that epistemic closure principles are false, and steal the thunder from those who attack classical logic on the basis of similarly problematic cases—specifically, relevance logicians and (...) like-minded philosophers—or stick with closure and surrender to relevantist claims of failure in truth-preservation aimed at classical rules of inference. Classicist closure advocates find the promise of a way out of the dilemma in the works of Roy Sorensen and John Hawthorne. The paper argues against their pro-closure move and renews Robert Audi’s call for a theory of closure-failure. (shrink)

O presente trabalho resulta de um estudo da reentrada do ensino de Filosofia no currículo do ensino médio e sua repercussão no curso de graduação em Filosofia ofertado pela Universidade Estadual Vale do Acaraú, em Sobral-CE, cujo objetivo é provocar uma reflexão sobre o ensino de Filosofia na educação básica de nível médio e a intensidade desse impacto com o retorno da disciplina. Assim, analisamos se esse impacto aconteceu de forma positiva ou negativa para o curso de Filosofia da UVA. (...) Nosso trabalho enfocou aqui, pesquisas e gráficos elaborados através da coleta de dados oficiais em alguns setores administrativos da Universidade, onde tiramos a conclusão dessa análise. (shrink)

Sentences such as "The author started the book" are indeterminate because they do not make explicit what the subject (the author) started doing with the object (the book). In principle, indeterminate sentences allow for an infinite number of interpretations. One theory, however, assumes that these sentences are resolved by semantic coercion, a linguistic process that forces the noun "book" to be interpreted as an activity (e.g., writing the book) or by a process that interpolates this activity information in the resulting (...) enriched semantic composition. An alternative theory, pragmatic, assumes classical semantic composition, whereby meaning arises from the denotation of words and how they are combined syntactically, with enrichment obtained via pragmatic inferences beyond linguistic-semantic processes. Cognitive neuroscience studies investigating the neuroanatomical and functional correlates of indeterminate sentences have shown activations either at the ventromedial pre-frontal cortex or at the left inferior frontal gyrus. These studies have supported the semantic coercion theory assuming that one of these regions is where enriched semantic composition takes place. Employing fMRI, we found that indeterminate sentences activate bilaterally the superior temporal gyrus, the right inferior frontal gyrus, and the anterior cingulate cortex, more so than control sentences ("The author wrote the book"). Activation of indeterminate sentences exceeded that of anomalous sentences ("…drank the book") and engaged more left- and right-hemisphere areas than other sentence types. We suggest that the widespread activations for indeterminate sentences represent the deployment of pragmatic-inferential processes, which seek to enrich sentence content without necessarily resorting to semantic coercion. (shrink)

I examine the difficulties involved in the Aristotelian proposal to identify the knowledge of “what it is” and “why it is”, in order to better understand the outlines that delimit it. I propose that the connections by which Aristotle links definition and explanation, and hence essence and cause, depend on the mutual convertibility between nominal expressions and predicative sentences.

The 'Gettier Problem' has been central to epistemology since 1963, when Edmund Gettier presented a powerful challenge to the standard analysis of knowledge. Now twenty-six leading philosophers examine the issues that arise from Gettier's challenge, setting the agenda for future work on the central problem of epistemology.

Translation of the initial chapters of Aristotle’s Prior Analytics into Portuguese and introduction, which addresses interpretative disagreements and translation choices.

Apresento neste ensaio alguns argumentos em defesa de uma proposta de metafilosofia que fornece uma resposta abrangente, formal e metodológica à questão ‘como se faz filosofia?’, tomada como anterior e mais fundamental do que a questão tradicional ‘o que é filosofia?’. Essa proposta se materializa metodologicamente através das ideias de uma poética e uma dramaturgia do fazer filosófico. A poética do fazer filosófico tem a ver com uma reapropriação do trivium clássico na forma de um trivium filosófico, composto por uma (...) gramática, uma dialética e uma retórica filosóficas. A dramaturgia do fazer filosófico se associa à polissemia da noção de diálogo, entendido como encenação argumentativa. Em seguida, apresento uma breve genealogia da noção de theatrum philosophicum em sua relação com as configurações assumidas pela tópica do theatrum mundi no final do medievo e início da modernidade. Por fim, apresento como esta relação nos fornece uma via de acesso para explicitar a poética e a dramaturgia do fazer filosófico elaborada por Platão nos Livros V-VII da República, mostrando assim que minha proposta de metafilosofia é contemporânea, mas tem sua gênese neste texto clássico. (shrink)

Este artigo tem como objetivo analisar o modo como a linguagem religiosa é tratada por Wittgenstein, recorrendo, para isso, a alguns dos seus escritos que tangenciam esse tema. Inicialmente, será feita a exposição de alguns aspectos importantes de sua filosofia, em especial aqueles que abordam as relações entre linguagem e realidade, seja nos seus escritos iniciais, como no _Tractatus Logico-Philosophicus_, seja em sua filosofia tardia, que tem as _Investigações Filosóficas_ como sua obra mais emblemática. Após a exposição e a análise (...) do modo como a linguagem religiosa é tratada nos diferentes momentos de sua filosofia, será feita uma avaliação crítica de suas propostas. (shrink)

Este trabalho tem por propósito fazer uma análise sobre o valor formador da filosofia, apresentando o quanto esta disciplina pode contribuir para a formação integral dos estudantes, e ainda como o PIBID – o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, se insere nesse projeto formativo, não apenas preparando futuros docentes, mas contribuindo também para a formação de futuros pesquisadores que integrarão os Programas de Pós-Graduação em Filosofia. A pesquisa foi elaborada com dados de dois anos de subprojetos da (...) área da Filosofia, e os resultados apontam que o Programa bem conduzido suscita uma abordagem filosófica, talvez a mais essencial de todas, a do nexo entre a teoria e a prática. (shrink)

Resenha do curso ministrado por Henri Bergson no Collège de France, no ano universitário de 1901-1902. Tradução Débora Cristina Morato Pinto. Editora da Unesp 2022.

Ao tomarmos como ponto de partida a vida ativa, vemos que a pluralidade, categoria que fundamenta a ação, manifesta-se em meio ao espaço público. O campo da política é o da pluralidade, sendo que nele é necessária à liberdade que é a própria condição da política e, assim sendo, o espaço público torna-se a esfera acolhedora de ambas. É nessa esfera que se constituem as memórias e as narrativas através das ações praticadas nesse espaço. Assim, temos como objetivo demonstrar como (...) o espaço público se constitui e a importância desse espaço como local de construção de memória, tendo como principal obra A condição humana de Hannah Arendt. Em síntese, nossa reflexão estará em torno da importância de se rememorar acontecimentos trágicos como forma de não os vivenciar novamente. (shrink)

O presente trabalho resulta de um estudo da reentrada do ensino de filosofia no currículo do ensino médio e sua repercussão no curso de graduação em filosofia ofertado na Universidade Estadual Vale do Acaraú, cujo objetivo foi o de provocar uma reflexão sobre o ensino de filosofia na educação básica de nível médio e a intensidade desse impacto com o retorno da disciplina. Assim, analisamos se esse impacto fora de forma positiva ou negativa para o curso de Filosofia da UVA. (...) Nosso trabalho enfocou aqui, pesquisas e gráficos elaborados através da coleta de dados oficiais em alguns setores administrativos da Universidade, onde tiramos a conclusão dessa análise. Palavras-chave: Ensino. Filosofia. Análise. Ensino Médio. Ensino Superior. (shrink)

Este trabajo presenta una discusión sobre el desarrollo de la expresión corporal como uno de los medios de fomentar la desinhibición, la percepción del propio cuerpo en el espacio en que están los demás y, consecuentemente, produ-ce la motivación y promueve la creatividad. En la clase de lengua extranjera se puede lograr este desarrollo a través de juegos, danza y actividades que permitan el contacto con el otro. De esa manera, a partir de algunas cuestiones que plantea la teoría del (...) desarrollo cognitivo al tratar del estudio de procesos tales como lenguaje, percepción, memoria, razonamiento y resolución de problema, y de algunas discusiones de la teoría de las inteligencias múltiples de Gardner (1994), específica-mente acerca de la inteligencia corporal-cenestésica, se analizará cómo el trabajo con la expresión corporal puede ayudar en el desarrollo de las capacidades del estudiante y fomentar su creatividad y su proceso de adquisición y de aprendizaje en clase, concretamente, en la clase de lengua extranjera. Además de la inteligencia corporal-cenestésica, Gardner propone que cada persona tiene, por lo menos, ocho inteligencias o habilidades cognitivas más que trabajan juntas, pero como entidades autónomas que requieren interacción. El autor asume que todas las inteligencias son igualmente importantes, aunque cada sujeto presenta una inteligencia más desarrollada que otra según el escenario cultural en el que se inserta, lo que explicaría, en cierta medida, por qué las personas aprenden de diferentes maneras, es decir, de acuerdo con sus habilidades. Sin embar-go, aunque todas las inteligencias son igualmente importantes, nuestro sistema escolar suele enfatizar la inteligencia lógico-matemática y la inteligencia lingüística hasta el punto de, en algunos casos, negar la existencia de las demás. Así, se debe pensar la educación desde un punto de vista que considera las distintas formas de aprender y, en el caso específico de la enseñanza y del aprendizaje de lenguas extranjeras, se debe adoptar un “abordaje plural de la cognición” y no “unilineal” contrario al de muchos autores que trataron el desarrollo humano. (shrink)

One persistent question in jurisprudence relates to the role of morality in the concept of law. For instance, consider the question of whether unjust statutes are laws. Legal positivists say that they’re laws in every relevant sense, while natural lawyers say that they’re not. This article considers a different answer inspired by recent findings in experimental philosophy: there is one relevant sense in which unjust statutes are laws, but also a different relevant sense in which they aren’t. After considering the (...) ways in which this alternative differs from some of the mainstream theories in general jurisprudence, the article argues that it provides more elegant solutions to two problems that have puzzled legal philosophers in the past: the paradox of customary international law and the shifts in legal discourse over history. (shrink)

Review of the book Um obscuro encanto: gnose, gnosticismo e poesia moderna , writen by Cláudio Willer. São Paulo, Editora Civilização Brasileira, 2010.

This article explores the ways in which suspects attempt to make putative victims/complainants at least partially responsible for the incidents for which they are investigated, transforming themselves into the victim and the other into the perpetrator. Drawing upon conversation analysis, I examine audio-recorded police interviews for low-level crimes in England and in which suspects have constructed what I refer as counter-denunciations. I argue that suspects accomplish these counter-denunciations through discursive practices that involve, for example (a) contrasting the complainant’s actions with (...) their own innocent conduct; (b) historicizing the event being investigated; and (c) discrediting the complainant’s character—stigmatizing. These practices have in common the suspects’ reliance on the relational and contextual character of the categories ‘offender’ and ‘victim’. (shrink)

There has been considerable debate in legal philosophy about how to attribute purposes to rules. Separately, within cognitive science, there has been a growing body of research concerned with questions about how people ordinarily attribute purposes. Here, we argue that these two separate fields might be connected by experimental jurisprudence. Across four studies, we find evidence for the claim that people use the same criteria to attribute purposes to physical objects and to rules. In both cases, purpose attributions appear to (...) be governed not so much by original intention or by moral value as by current practice. We argue that these findings in the cognitive science of purpose attribution have implications for jurisprudential questions involving purposivist legal interpretation. (shrink)

Moore′s paradox came of age when John N. Williams gave us a simple paradoxical argument according to which the Moorean believer must hold false belief while believing contingent propositions. Simplicity was key; it was groundbreaking for the topic. On Williams′s account, given only the notions of inconsistency and self‐refutation, the thesis that belief distributes over conjunction, and a tiny bit of classical logic, we can derive a paradox from the Moorean propositional schemata. But, as argued here, it′s easy to overestimate (...) the significance of his argument to a proper understanding of the problem. His fundamental claim can be established in a way that shows how the paradox arises for any propositional attitude that distributes over conjunction, which gives us the opportunity to reconsider the problem we have been calling “Moore′s paradox”, and to conclude that all of the available analyses of the problem are, at best, incomplete. On this new approach, we lose a little formal simplicity vis‐à‐vis Williams′s approach, but make conceptual economy, as we gain a farther‐reaching problem than the one we have known. (shrink)